* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || LIII *
00476. António Branco [1932, 1937, 1947]
[António Branco || ANTT || PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]
[Covas - Tábua, 24/06/1903, Guarda 1111 da PSP de Lisboa / motorista / empregado comércio. Filiação: Maria da Conceição. Solteiro. Residência: Beco da Rosa, 11 - Lisboa / R. João de Barros, 4 - Lisboa. Preso em 23/06/1932, por envolvimento em organização comunista através de António Bandeira Cabrita e de Júlio César Leitão, estreitando relações com este após a deportação daquele; recolheu, incomunicável, a uma esquadra. Acusado de organizar uma célula dentro da PSP, tendo fornecido a Júlio César Leitão as informações necessárias para a redacção do manifesto "Aos Agentes da Polícia de Segurança Pública". Apresentou àquele Adrião Ramos de Brito, agente 1040 da mesma polícia. Considerado um elemento perigoso devido à sua cultura, prestando serviço como intérprete na Secção de Turismo (Processo 460/SPS). Libertado em 10/12/1932. Julgado pelo TME em 21/11/1934 e condenado a 18 meses de prisão correccional (Processo 14/933, do TME).
[António Branco || c. 1937 || ANTT || RGP/6674 || PT-TT-PIDE-E-010-34-6674]
Preso em 10/05/1935 pela Secção Política e Social da PVDE, quando era motorista. Enviado, incomunicável, para uma esquadra e transferido para o Aljube em 13/05/1937. Em 02/06/1937, entrou na 1.ª Esquadra e regressou ao Aljube em 05/06/1937. Seguiu para Peniche em 08/08/1937, regressou à 1.ª Esquadra em 13/12/1937 e novamente transferido para Peniche em 27/12/1937. Julgado pelo TME em 18/12/1937, que confirmou a sentença que lhe aplicara em 1934. Evadiu-se de Peniche em 19/07/1938. Em 01/11/1938, terminou a pena a que fora condenado pelos Processos 460/SPS e 14/933, continuando detido em virtude de ter pendente o Processo 406/938, do TME. Preso em 25/10/1947, sendo registado como comerciante e levado para o Aljube, onde terá sido libertado no mesmo dia.]
[alterado em 18/12/2021]
[João Esteves]
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