* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || V *
00023. Abílio Nunes Marques [1933]
[Abílio Nunes Marques.
Aveiro, 1913. Carpinteiro. Filiação: Maria Emília Marques, Carlos José Marques. Solteiro. Residência: Taboeira. Preso em 12/08/1933 por uma patrulha da GNR, no lugar da Taboeira, por tentativa de agressão da patrulha quando esta procedia contra pescadores sem licença. Entregue, em 13/08/1933, à Seção Política e Social e reenviado, em 23/08/1933, ao Comando da GNR.]
[alterado em 26/10/2024]
00024. Abílio Xavier Correia [1927, 1929, 1931, 1933, 1933]
[Abílio Xavier Correia.
Coimbra, c. 1892. Empregado de comércio - Porto. Filiação: Carminda Xavier Correia. Divorciado. Residência: Rua Sá da Bandeira, 101 / Rua Azevedo Albuquerque, 60. Preso e deportado em 1927 por ter tomado parte no movimento revolucionário de 3 de Fevereiro, tendo prendido os oficiais do Quartel-General. Preso, no Porto, em 21/10/1929, por ter tomado parte no funeral do sargento Manuel Fernandes de Almeida realizado no dia 19 e ter dado no Cemitério do Prado do Repouso "morras à Ditadura, Exército e Polícia de Informações". Referenciado, em Abril de 1931, como um dos organizadores do funeral do estudante João Martins Branco, morto no dia 28, durante uma reunião de estudantes na Faculdade de Medicina. Celebrou nas ruas do Porto a data do 1.º de Maio. Preso no Porto e enviado para Lisboa no dia 10/05/1931; libertado em 23/06/1931. Preso, no Porto, em 13/10/1933, e libertado no dia 14, por não se ter provado que andasse a contribuir para a impressão do jornal "A Verdade". Terá sido de novo preso, pois em 22-23/11/1933, transitou do SPS/Porto para as prisões do Aljube local. Libertado em 22-23/11/1933. Nota: Cadastro Político N.º 600 da Delegação do Porto.]
[alterado em 12/05/2024]
[alterado em 26/10/2024]
00025. Abraão Matias Esmeriz [1927, 1931]
[Abraão Matias Esmeriz.
Tenente de Infantaria. Preso e deportado para Angola por ter participado no movimento revolucionário de 3 de Fevereiro de 1927. Apresentou-se, em 03/12/1929, no Ministério do Interior. Continuou a conspirar, mantendo ligações com os capitães Ramalho e Sousa Guerra. Por ordem do Governo, ficou com residência fixada em Peniche, tendo-se apresentado, em 07/08/1931, no seu Comando Militar.]
[alterado em 26/10/2024]
00026. Abraão Rodrigues Coimbra [1931, 1933, 1937]
[Abraão Rodrigues Coimbra.
Miranda do Corvo, 06/06/1899. Tipógrafo / comerciante - Lisboa. Filiação: Maria Santa. Casado. Residência: R. Nova da Piedade, 83 / Av. 5 de Outubro, 201 - Lisboa. Preso em 07/11/1931, "por andar afixando manifestos clandestinos de propaganda subversiva" e "prospectos de propaganda do jornal clandestino 'Avante' e do 'Socorro Vermelho'", na noite de 6 para 7, a fim de comemorar o aniversário da Revolução Russa. As suas atividades eram feitas no âmbito do Partido Comunista, mantendo ligações com João de Oliveira Vidal, José de Sousa e Manuel Augusto da Rosa Alpedrinha. Por despacho do Ministro do Interior, datado de 22/06/1932, foi-lhe fixada residência obrigatória em Peniche, para onde seguiu preso em 02/07/1932, juntamente com Armando Porfírio Rodrigues e Arlindo Augusto da Costa. Segundo comunicação do Comando Militar Especial de Peniche, datada de 23/12/1932, evadiu-se daquela vila. Preso em 21/07/1933, na oficina da Cooperativa "Casa dos Gráficos", onde exercia a sua profissão, sendo um dos sócios. Executou aí várias composições clandestinas, como "O Jovem", órgão central da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas, "O Marinheiro Vermelho", porta-voz da ORA (Organização Revolucionária da Armada) e o folheto, entre outros, "Construindo um Mundo Novo". Além disso, estava em contacto com José de Sousa e José Ramos, ambos procurados pela Polícia, fazia parte da Comissão Inter-Sindical, enquanto representante da Associação de Classe dos Compositores Tipográficos, e colaborava com a Secção Portuguesa do Socorro Vermelho Internacional, sendo, por isso, considerado "um elemento agitador de muita responsabilidade, pois que apesar da sua situação de evadido, continuou a sua ação dentro do Partido Comunista". Transferido para o Aljube em 06/10/1933. Julgado, em 22/01/1934, pelo TME, foi condenado à pena de seis meses de prisão, dada como expiada tendo em conta a prisão preventiva sofrida: libertado na mesma data. Em 15/06/1934, o TME emitiu um mandado de captura por estar implicado no Processo 460, não tendo sido possível cumpri-lo por Abraão Rodrigues Coimbra estar em parte incerta. Preso em 26/05/1937, "para averiguações", e libertado em 31/05/1937. Era, então, comerciante.]
[alterado em 23/12/2021]
[alterado em 22/03/2024]
[alterado em 26/10/2024]
00027. Abreu [1929]
[Abreu.
Tenente. Estava, em 27/12/1929, com residência fixada em Vila Real, sendo vigiado por informadores.]
00028. Acácio Alberto [1930]
[Acácio Alberto.
Alvaiázere. Guarda 1119 da PSP - Lisboa. Preso em 09/01/1930, "por suspeita de conspirar contra a Ditadura Militar". Libertado em 12/01/1930, por nada se ter provado.]
[alterado em 26/10/2024]
00029. Acácio Augusto Rocha [1928]
[2.º Sargento Músico de Caçadores 10. Preso em 20/07/1928, por ter tomado parte no movimento revolucionário desse dia. Deportado, em 21/08/1928, "para o Campo de Concentração de Angola".]
[alterado em 26/10/2024]
00030. Acácio Augusto [1931, 1933]
[Acácio Augusto.
Moimenta da Beira, c. 1896. Guarda dos Caminhos-de-Ferro. Filiação: Maria da Conceição, Francisco Augusto. Casado. Residência: Ponte de Carenque - Queluz. Preso por dois soldados da GNR em 26/08/1931, acusado de ter tomado parte no movimento revolucionário desse dia. Deportado para Timor em 02/09/1931. Abrangido pela amnistia de 05/12/1932, foi autorizado a regressar à Metrópole e apresentou-se na Diretoria da Polícia Política em 12/06/1933, declarando ir residir para Ponte de Carenque - Queluz, morada onde vivia aquando da sua detenção. Preso pela SPS/Lisboa em 18-19/12/1933, "por suspeita de ter ligações revolucionárias com vários indivíduos desafetos à Situação, e ainda por suspeita de saber do paradeiro de vário material de guerra". Transferido, em 22/12/1933, da 26.ª esquadra para a 1.ª. Libertado em 13/01/1934.]
[alterado em 21/05/2024]
[alterado em 23/05/2024]
[alterado em 26/10/2024]
00031. Acácio Eduardo Pereira da Silva [1928]
[Acácio Eduardo Pereira da Silva.
Lisboa, c. 1874. 1.º sargento do exército - reformado. Filiação: Maria dos Ramos Pereira da Silva, João Guilherme Pereira da Silva. Preso em 20/07/1928, por suspeita de estar envolvido no movimento revolucionário desse dia.]
[alterado em 26/10/2024]
[João Esteves]
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