[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

quarta-feira, 18 de março de 2020

[2310.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS - DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [III] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || III *


[Tenente. Em 1911, seria 2º Sargento de Infantaria e ofereceu-se para "servir no ultramar". Por ter participado nas revoltas contra a Ditadura Militar, foi deportado para Cabo Verde em 1931, onde se encontrava em Dezembro de 1932 com residência obrigatória. Abrangido pela amnistia de 05/12/1932, regressou à carreira militar, tendo em 1935, já como capitão, sido proposto para ser condecorado com o Grau de Oficial da Ordem Militar de AvisEm 1945, "tomou parte numa reunião política de oposição ao governo".]
[alterado em 13/12/2021]
[alterado em 15/05/2023]

00010. Abílio Alexandre [1927]

[Castro Daire, c. 1892, empregado no comércio. Filiação: Maria Clara Augusta Alexandre, Paulo Alexandre. Casado. Residência: R. Alves Torgo. Preso durante a 1.ª República, entre 3 e 08/02/1926, "por ter tomado parte no movimento revolucionário de Almada". Preso em 04/02/1927, "por ter tomado parte no movimento revolucionário"; libertado em 06/02/1927].
[alterado em 13/12/2021]

00011. Abílio Augusto Belchior [1932, 1932]

[Abílio Augusto Belchior || ANTT || RGP/587 || PT-TT-PIDE-E-010-3-587]

[Urros - Concelho de Moncorvo, c. 1898, marmorista - Porto. Filiação: Maria Joaquina, Manuel dos Santos Belchior. Solteiro. Residência: R. Nova de S. Crispim, 220 - Ilha Nº 12, Porto. Preso por fazer parte da Confederação Geral do Trabalho e acusado de participar em atentados. Condenado a degredo, com prisão, foi enviado para a Fortaleza de São João Baptista, em Angra do Heroísmo, e integrou a primeira leva de presos que seguiu para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde faleceu. Preso no Porto em 02/01/1932, "por fazer parte da Confederação Geral do Trabalho"; libertado em 13/02/1932. Preso no Porto em 14/04/1932acusado de ter participado no atentado de 2 de Janeiro, juntamente com Francisco Alberto, contra Francisco do Passo, Adjunto da Polícia Política do Porto (Processo 79/Porto). Por parecer do Director Geral da Segurança Pública e concordância do Ministro do Interior, deliberou-se, em 22 de Junho, que lhe fosse fixada residência na Ilha Terceira. Em 16/07/1932, entrou na Penitenciária de Lisboa, vindo do Porto, ficando a aguardar o embarque para os Açores (Processo 515/SPS Lisboa). Também esteve preso no Aljube, para onde terá seguido no dia 17/07/1932. Voltou à Cadeia da Relação do Porto para, em 26/07/1933, ser julgado pelo Tribunal Militar Especial, o que sucedeu só no ano seguinte, em 23/06/1934, sendo condenado a 14 anos de degredo, com prisão, e na multa de vinte mil escudos (Processo 100/933, TME). Entrou no Aljube de Lisboa em 19/03/1935 de Março de 1935 (Processo 1395/SPS) e, em 23/03/1935, embarcou para Angra do Heroísmo no vapor Carvalho Araújo (Ofício 191/22-03-1935/SPS). Integrou, em 23/10/1936, a primeira leva de presos políticos enviada para o Campo de Concentração do Tarrafal, onde faleceu em 29/10/1937, com 39 anos de idade.]
[alterado em 13/12/2021]
[alterado em 28/12/2021]

00012. Abílio Augusto Lopes [1932]

[Lisboa, c. 1909, chofer - Lisboa. Filiação: Maria Teresa Lopes. Casado. Residência. Beco da Era, 10. Preso pela PSP de Lisboa e entregue em 29/02/1932, "sob a acusação de incitar os choferes à greve" (Processo 246); libertado em 20/03/1932.]
[alterado em 13/12/2021]

00013. Abílio Augusto Martins Fernandes [1928, 1928, 1928, 1930]

[Abílio Augusto Martins Fernandes || F. 07/12/1928 || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Carvalhais - Penacova, c. 1881, médico e proprietário a residir em Coimbra. Integrou, como Tenente Médico, o Corpo Expedicionário Português. Filiação: Maria Augusta Martins, António Fernandes de Almeida. Casado. Residência: R. da Sofia, 195 - Coimbra. Em Setembro de 1927, "deu guarda ao Capitão Homem de Figueiredo [...] após o movimento revolucionário de Fevereiro". Preso em 24/07/1928, "por receber correspondência duvidosa que entregava depois a um suposto Dr. Machado, que era um oficial que preparava nesta cidade o movimento de 20 deste mês". Preso em 17/08/1928, "por estar implicado no movimento revolucionário de 20 de Julho"; libertado em 04/10/1928 (v. Processo 3972). Em Novembro de 1928, era referenciado como mantendo contactos com o Capitão Chaves e estar presente numa reunião realizada na Estação da Pampilhosa em 19/11/1928, estando presentes aquele, Rocha, professor de Oliveira do Bairro, Tenente Machado, Director da Carreira de Tiro de Ovar, António da Silva Reis, comerciante no Porto, e Albano Pato, de Mogofores. Preso em 29/12/1928 e levado para Lisboa em 03/01/1929, libertado em 23/01/1929 (v. Processo 4161). Em Agosto de 1929, era referido como tendo várias conferências com o Major médico Júlio da FonsecaPreso em 11/06/1930, "por ter sido surpreendido numa reunião secreta de carácter maçónico, com mais 17 maçons, na rua das Covas nº 15". Em Novembro de 1930, era referido como continuando muito activo, juntamente com Carlos Craveiro e Manuel Mendes Monteiro.]
[alterado em 13/12/2021]

00014. Abílio César de Oliveira e Sousa [1931, 1932, 1933]

[Sampaio - Gouveia, c. 1899, industrial a residir em Lisboa. Filiação: Josefa Augusta Gaspar, Alberto Augusto de Oliveira e Sousa. Casado. Residência: Av. Duque de Loulé, 10. Sócio Gerente da Empresa Portuguesa de Auto-Omnibus Limitada, que assegurava a carreira entre Lisboa e Leiria, facilitando, por isso, o transporte de material e manifestos clandestinos contra a Situação. Preso em 08/06/1931, "por estar implicado no movimento revolucionário que devia eclodir em 1 de Maio" e manter ligações com Piedade e Maldonado de FreitasDeportado para Timor em 02/09/1931 foi, em 06/11/1931, indevidamente autorizado a regressar. Preso em 29/03/1932, "em virtude de ter regressado ao Continente por uma simples informação prestada a Sua Ex.ª o Ministro do Interior, a qual deu origem a que fosse suspensa, sem justificação, a pena a que o epigrafado tinha sido condenado, motivo pelo qual foi novamente detido". Em 15/06/1932, foi-lhe fixada residência obrigatória na Ilha Terceira, "a fim de completar o cumprimento de pena, cuja suspensão se não justifica" (Processo 378); libertado em 08/12/1932, por ter sido abrangido pela amnistia de 05/12/1932. Preso em 20/05/1933, a pedido da PSP de Santarém, por suspeita de ligações revolucionárias com Francisco da Silva (v. Processo 692); libertado em 01/06/1933.]
[alterado em 13/12/2021]

[João Esteves]

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