[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

[2604.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [LXXXVII] || 1926 - 1933

 * PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || LXXXVII *

00688. Ezequiel Pereira da Costa [1929]

[Ezequiel Pereira da Costa || F. 04/04/1929 || ANTT || -ca-PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Lisboa, 1884, reformado do Arsenal do Exército. Viúvo. Filiação: Adelaide Augusta e José Firmino. Com residência na Calçada da Graça n.º 17, foi preso em 02/04/1929, "por fazer parte de um grupo civil revolucionário" (Processo 4287); libertado em 28/05/1929.]

00689. Fernando Mata [1928, 1930, 1937] 

[Fernando Mata || F. 19/11/1928 || ANTT || -ca-PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

["O Malhado". Molelos - concelho de Tondela, 09/06/1885, ex-guarda das Cadeias Civis/trabalhador. Solteiro. Filiação: Rita Maria de Jesus e Francisco Fernandes Mata. Vigiado desde, pelo menos, Setembro de 1928, por conspirar "activamente contra a Situação" e ser "chefe de um grupo civil revolucionário", foi preso em 17/11/1928, "acusado de cumplicidade no atentado praticado contra o Director das Cadeias Civis" e ter "reuniões conspiratórias na Cadeia do Aljube". Referido como tendo tomado parte "no movimento de 19 de Outubro", foi libertado em 05/03/1929 (v. Processo 4101). Preso em 02/12/1930, "por andar envolvido em manejos revolucionários"; libertado em 03/03/1931, depois de ter cumprido 90 dias de prisão no Aljube (v. Processo 4717). Residia, então, na Rua dos Mouros, n.º 3. Já identificado como trabalhador e a viver no Penedo da Ajuda - Cordoaria, foi novamente preso em 20/08/1937, "para averiguações", tendo permanecido na 1.ª Esquadra (07/09/1937, 10/01/1938) e em Caxias, para onde fora transferido em 23/10/1937. Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 15/01/1938, foi condenado a 10 anos de degredo com prisão e uma multa de vinte mil escudos, ficando, depois, à disposição do Governo (Processo 1210/37). Passou, então, pelo Aljube (17/01/1938), Peniche (19/01/1938) e 1.ª Esquadra, antes de ser enviado, em 23/05/1938, para a Fortaleza de São João Baptista, em Angra do Heroísmo, de onde regressou em 23/07/1943 e levado para Peniche. Transferido para a Penitenciária de Lisboa em 19/07/1945, "para hospitalização", ficando à disposição do Ministério da Justiça a partir de 31/12/1945. Faleceu no Hospital de S. José em 30/07/1950, segundo ofício da Cadeia do Forte de Peniche de 07/08/1950. Tinha completado 65 anos, dos quais treze anos e meio em prisões do fascismo.]

00690. Celestino da Silva Rosa [1927, 1928]

[Celestino da Silva Rosa || F. 30/07/1928 || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-1-NT-8902 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Santarém, c. 1901, fogueiro. Casado. Filiação: Emília Maria da Silva. Residência: Rua Manuel Soares Guedes, 14. Preso em 04/02/1927, "por ter tomado parte no movimento revolucionário" (Processo 2977); libertado em 06/02/1927. Preso em 28/07/1928, "por ter tomado parte no movimento revolucionário de 20, no Entroncamento", a chamada Revolta do Castelo, e deportado para Moçambique em 21/08/1928 (Processo 3914), embarcando no paquete "Lourenço Marques" no dia seguinte. Em 1931, por ter participado na Revolta das Ilhas, foi-lhe fixada residência em Cabo Verde, na Ilha de S. Nicolau, onde ainda se encontrava em Dezembro de 1932, "por motivos políticos", tendo sido abrangido pela amnistia de 05/12/1932, informação recebida do Ministério do Interior em 28 do mesmo mês. Apresentou-se em 17/01/1933 e ficou a residir em Lisboa, na rua Manuel Soares Guedes.]
[alterado em 25/04/2023]

[João Esteves]

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