[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sábado, 4 de dezembro de 2021

[2631.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CI] || 1926 - 1933

 * PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CI *

00763. António Manuel Pascoal [1932]

[António Manuel Pascoal || F. 12/04/1932 || ANTT || PT-TT-PVDE-Polícias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Évora, 16/10/1896, solicitador. Filiação: Maria Joaquina Araújo Paulino e Manuel Vicente Pascoal. Casado. Preso, em 1932, em Évora e entregue à Secção de Vigilância, sendo levado para o Aljube. A fotografia que consta dos Livros de Cadastrados data de 12/04/1932; libertado em 01/06/1932. O escritor Antunes da Silva (1921-1997), também natural de Évora, começou a trabalhar no seu escritório de solicitador quando teria cerca de 13 anos (Blogue Viver Évora).]

00764. Francisco Almeida Marcelo [1932]

[Lisboa, 1889, ferreiro - Lisboa. Filiação: Maria Antónia Marcelo e Joaquim Almeida Marcelo. Solteiro. Preso em 16/05/1932, por cantar "um fado insultuoso para a actual Situação Política do País, não tendo obedecido à intimação do guarda captor, quando este o mandava calar" (v. Processo 375). Foram detidos na mesma altura, Manuel Maria, que o acompanhava, e Arnaldo Alves, proprietário da taberna sita na Rua de Belém, 128, sendo todos levados para o Aljube. Libertado em 18/05/1932.]

00765. Manuel Maria [1932]

[Preso em 16/05/1932, com Francisco Almeida Marcelo e Arnaldo Alves, por estar cantando com aquele "um fado insultuoso para a actual Situação Política do País, não tendo obedecido à intimação do guarda captor, quando este o mandava calar" (v. Processo 375). Os três foram levados para o Aljube, sendo libertados em 18/05/1932.]

00766. Arnaldo Alves [1932]

[Tábua, 1895, comerciante - proprietário de uma taberna situada na Rua de Belém, 128, em Lisboa. Filiação: Maria Augusta e António Alves. Casado. Preso em 16/05/1932, com Francisco Almeida Marcelo e Manuel Mariapor aqueles estarem cantando no seu estabelecimento "um fado insultuoso para a actual Situação Política do País" (v. Processo 375). Levado para o Aljube e libertado em 18/05/1932.]

00767. Luís Santa Bárbara [1932]

[Sines, 1909, funileiro - Sines. Filiação: Maria Luísa do Amaral Rego e António José Santa Bárbara. Casado. Entregue, em 16/05/1932, à Secção de Vigilância pela Direcção Geral de Segurança Pública, com processo organizado no Comando da PSP de Setúbal, por estar envolvido, com Deolindo dos Santos, no fabrico de uma boa bomba explosiva para ser utilizada em Sines (v. Processo 446). Libertado em 20/07/1932, por despacho do Director Geral de Segurança Pública e concordância do Ministro do Interior. Preso na mesma data de Vitorino da Silva Telo, também de Sines,] 

00768. Vitorino da Silva Telo [1932]

[Sines, 1905, serralheiro - Sines. Filiação: Maria Emília da Conceição Portela e José Francisco Telo. Casado. Residência: Sines. Entregue, em 16/05/1932, à Secção de Vigilância pela Direcção Geral de Segurança Pública, com processo organizado no Comando da PSP de Setúbal, para se apurar eventuais ligações com Deolindo dos Santos na sequência do incêndio na Igreja Matriz de Sines (v. Processo 446). Preso na mesma data de Luís Santa Bárbara, também de Sines. Libertado em 13/07/1932.]

00769. António de Jesus Pires [1930]

[Lindoso - Ponte da Barca, 1895, ex-2.º Sargento de Artilharia 3. Filiação: Maria Rosa de Araújo e Manuel Inácio Pires. Casado. Preso em 29/12/1930, "por estar envolvido num movimento revolucionário", juntamente com Alfredo Monteiro (civil), Armando Reis (sargento), Carolino (2.º sargento), Manuel António (aspirante), Manuel António Correia (ex-tenente), Manuel Maria de Moura (sargento de Artilharia 2) e Tavares (2.º sargento). Esteve preso no Aljube e, em 20/01/1931, foi enviado à unidade a que pertencia (Processo 4719). Regressou à Secção de Vigilância em 28/09/1931, tendo sido libertado por aquela em 18/05/1932.]

00770. Francisco dos Santos [1932]

[Lisboa, 1900, trabalhador. Filiação: Maria Mendes e Francisco dos Santos. Preso em 11/05/1932, na fronteira de Elvas, "quando era expulso de Espanha por suspeito, e ainda por, na companhia de José da Costa, Miguel da Silva e João Moreira, ter sido encontrado à porta de um Quartel, em Espanha, excitando os soldados que ali se encontravam à prática de actos de indisciplina, com características anti-sociais" (v. Processo 374). Os quatro foram libertados pela Secção de Vigilância em 19/05/1932.]

00771. José da Costa [1932]

[Évora, 1896, mineiro. Filiação: Maria José e José da Costa. Solteiro. Preso em 11/05/1932, na fronteira de Elvas, "quando era expulso de Espanha por suspeito, e ainda por, na companhia de Francisco dos SantosJoão Moreira Miguel da Silva, ter sido encontrado à porta de um Quartel, em Espanha, excitando os soldados que ali se encontravam à prática de actos de indisciplina, com características anti-sociais" (v. Processo 374). Os quatro foram libertados pela Secção de Vigilância em 19/05/1932.]

00772. João Moreira [1932]

[Funchal, 1905, trabalhador. Filiação: Ludovina de Jesus e Francisco Moreira. Solteiro. Preso em 11/05/1932, na fronteira de Elvas, "quando era expulso de Espanha por suspeito, e ainda por, na companhia de José da CostaFrancisco dos Santos Miguel da Silva, ter sido encontrado à porta de um Quartel, em Espanha, excitando os soldados que ali se encontravam à prática de actos de indisciplina, com características anti-sociais" (v. Processo 374). Os quatro foram libertados pela Secção de Vigilância em 19/05/1932.]

00773. Miguel da Silva [1932]

[Fafe, 1898, serralheiro. Filiação: Maria Joaquina de Jesus e Manuel Joaquim da Silva. Solteiro. Preso em 11/05/1932, na fronteira de Elvas, "quando era expulso de Espanha por suspeito, e ainda por, na companhia de José da CostaFrancisco dos Santos João Moreira, ter sido encontrado à porta de um Quartel, em Espanha, excitando os soldados que ali se encontravam à prática de actos de indisciplina, com características anti-sociais" (v. Processo 374). Os quatro foram libertados pela Secção de Vigilância em 19/05/1932.]

00774. José Martins [1930, 1930, 1931, 1932]

[Mação, 1899, Guarda da PSP (N.º 1765) - Lisboa. Filiação: Joaquina Maria e José Martins. Casado. Preso em 09/01/1930, "por suspeita de conspirar contra a Ditadura Militar"; libertado em 12/01/1930 (Processo 4500). Preso em 25/07/1930, "por estar implicado no movimento revolucionário em preparação, de ter entendimentos revolucionários com João Vitorino Lobo e com outros elementos comprometidos na organização revolucionária de Caçadores N.º 7"; entregue à PSP em 07/08/1930 (Processo 4670). Preso em 24/02/1931, "por estar envolvido em manejos revolucionários, tendo ligações revolucionárias com Custódio Rodrigues Ferreira, com quem reunia numa taberna" - expulso da PSP. Libertado em Março de 1931, "depois de ter cumprido a pena de 30 dias de prisão que lhe foi imposta" (v. Processo 4810). Preso em 11/04/1932, "por ter feito transporte de material e por suspeita de ser agente de ligação do ex-Tenente Cardoso, o qual anda fugido à acção desta Polícia" (Processo 368); libertado pela Secção de Vigilância em 19/05/1932.]

[João Esteves]

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