[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

[2650.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [CXVIII] || 1926 - 1933

* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CXVIII *

00895. José Maria de Carvalho [1932]

[José Maria de Carvalho || F. 02/07/1932 || ANTT || PT-TT-PIDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Preso pela Secção de Vigilância Política e Social em 27/06/1932, no mesmo dia que João Marques LustosaJoaquim Lopes Martins; recolheu, incomunicável, a uma esquadra; libertado do Aljube em 02-03/07/1932.]
[alterado em 23/12/2021]

00896. Joaquim Lopes Martins [1932]

[Joaquim Lopes Martins || F. 04/08/1932 || ANTT || PT-TT-PIDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Arganil, c. 1911, padeiro - Lisboa. Filiação: Maria de Jesus, Joaquim Martins Gomes. Solteiro. Residência: Praça Luís de Camões, 46 - Lisboa. Joaquim Lopes Martins foi um dos muitos jovens vítima das torturas sofridas quando preso pela Polícia de Defesa Política e Social, tendo falecido no Hospital Curry Cabral em 02/07/1933. Se pouco se sabe do seu percurso político para além de ser militante da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas ("Reorganização da FJCP – 1934-1935", Avante!, 08/05/2003) e, eventualmente, com ligações à Célula nº 18 do Comité de Zona Nº 1 do Partido Comunista, importa preservar a sua memória fixando-lhe o rosto, ainda tão juvenil, entre "Os que ficaram pelo caminho" Preso em 27/06/1932no mesmo dia que João Marques Lustosa e José Maria de Carvalho, acusado de ser "simpatizante da Célula Nº 18 do Comité de Zona Nº 1 do Partido Comunista Português", ser "detentor de uma mala com material destinado ao fabrico de bombas", dada a guardar por aquele, e de integrar o Grupo Defesa Sindical da Associação de Classe dos Manipuladores de Pão; levado, incomunicável, para uma esquadraEm 11/08/1932, por parecer do Director Geral da Segurança Pública e anuência do Ministro do Interior, foi-lhe "fixada residência obrigatória em Timor ou Cabo Verde". 

[Joaquim Lopes Martins || F. 04/08/1932 || ANTT || PT-TT-PIDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]
Levado para a enfermaria do Limoeiro em 24/10/1932. Em consequência dos maus-tratos policiais e prisionais, entrou no Hospital Curry Cabral em 28/11/1932, onde faleceu em 02/07/1933, "pelas 5 e 30 horas, no Serviço 1, Sala 1" (informação da Direcção dos Hospitais Civis). Como o seu processo já se encontrava no Tribunal Militar Especial de Lisboa desde 24 de Fevereiro, a Polícia de Defesa Política e Social informou-o do "falecimento do epigrafado" (Ofício 783, de 05/07/933). Tinha pouco mais do que vinte anos.]
[alterado em 21/03/1932]

00897. Manuel Lopes [1932]

[Lisboa, c. 1913, serralheiro da Fábrica de Material de Guerra. Filiação: Maria Adelaide. Solteiro. Residência: Travessa do Conde de Avintes, 37. Preso em 14/04/1932, "por estar envolvido em manejos comunistas" (Processo 340), por despacho do ministro do Interior seguiu, em 28/06/1932, para Peniche, onde ficou com residência obrigatória; libertado em 01/09/1932, por decisão do mesmo ministro.]

00898. António Joaquim Lacueva [1932]

[António Joaquim Lacueva || ANTT || PT-TT-PIDE-Policias-Anteriores-3-NT-8903 || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Vila Nova de Foz Côa, c. 1904, comerciante (sócio da Leitaria Holandesa - Lisboa. Filiação: Maria da Esperança Estanqueira. Solteiro. Residência: R. Ferreira Borges, 36 - 40 (Leitaria Holandesa) e Beco da Boa Vista, 10 - Lisboa. Preso em 28/06/1932, "por  suspeita de estar envolvido em manejos comunistas, com José Manuel Saraiva de Aguiar", e levado, incomunicável, para uma esquadra (Processo 460). Libertado em 07/07/1932. Preso em 03/12/1933, "acusado de fazer propaganda contra a actual Situação Política do País, na 'Leitaria Holandesa', Rua Ferreira Borges Nº 36, da qual é sócio, permitindo-se discordar e censurar os actos dos dirigentes da Nação" (Processo 882); libertado do Aljube em 07/12/1932.]
[alterado em 25/12/2021]

00899. Manuel Paiva / Manuel de Paiva [1932]
["Olho de Vidro". Caparica - Almada, c. 1900, serralheiro mecânico. Filiação: Beatriz da Conceição Paiva, Daniel Paiva. Casado. Residência: Estrada do Pombal - Almada. Entregue pelo Comando da GNR em 28/06/1932, "por estar implicado em assuntos revolucionários", nomeadamente no "caso das metralhadores" na posse de Manuel Mousaco, em Almada (Processo 429); levado para o Aljube. Segundo declarações posteriores de outro preso, datadas de 20/08/1932, faria parte de um comité revolucionário na Cova da Piedade, com Edmundo Gonçalves Palmeiro, músico da Armada, e Ernesto Rodrigues da Cruz, 2.º sargento da Armada (v. Processo 504). Libertado do Aljube em 27/08/1932. Preso em 12/11/1934, "para averiguações" (v. Processo 1281); libertado em 17/11/1934.]
[alterado em 12/02/2022]

00900. Aníbal Ferraz de Carvalho [1932, 1934]

[Tondela, 24/08/1912 - Lisboa, 11/05/1944. Libertado em 29-30/06/1932, quando se encontrava preso num dos calabouços do Governo Civil. Libertado do Aljube em 01/03/1934.]

00901. José Maria de Bessa Pinto ou Brito [1932]

[Santo Ildefonso, Porto, 27/02/1890 - Socorro, Lisboa, 26/08/1953. Entregue pela Delegação do Porto em 30/06/1932, recolheu à Penitenciária, aguardando deportação. Regressou ao porto em 06-07/07/1932, ficando preso no Aljube daquela cidade, por ter sido substituída "a pena de deportação pela de preso por tempo indeterminado".]
[alterado em 24/12/2021]

 [João Esteves]

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