* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || CDXXV *
02270. Eduardo Valente Neto [1932]
[Eduardo Valente Neto || ANTT || RGP/215 || PT-TT-PIDE-E-010-2-215]
[Eduardo Valente Neto.
Pardilhó, concelho de Estarreja, c. 1898/1899. Marítimo (fragateiro). Filiação: Jacinta da Conceição Aguiar, António Joaquim Valente Neto. Solteiro. Residência: Beco de S. Miguel, 35 (Alfama) - Lisboa. Filiado no Partido Comunista desde, pelo menos 1932, integrou a Célula 24 do Comité de Zona N.º 4. Envolvido nos preparativos da jornada de luta preparada para 29/02/1932, a qual acabou por não se realizar devido à prisão de alguns dos implicados. Preso em 24/04/1932, quando assistia, em Monsanto, à demonstração e instrução de lançamento de bombas a utilizar nas comemorações do 1.º de Maio. Colaborou, nesse âmbito, com Artur Serra, Aurélio Dias, José Martins Pinto Júnior, Manuel Pedreiro e Valério da Cruz, entre outros. Considerado um “elemento perigoso e desembaraçado”, em 10 de agosto, por parecer do Diretor-Geral da Segurança Pública e concordância do Ministro do Interior, foi determinado que lhe fosse fixada residência obrigatória em Cabo Verde ou em Timor, dando entrada na Penitenciária, onde ficou a aguardar a oportunidade de embarque. Acusado de “bombista” e julgado pelo Tribunal Militar Especial em 20/10/1934, foi condenado em dez anos de degredo, com prisão no local, e multa de vinte mil escudos. Novamente julgado em 03/11/1934, por ter interposto recurso, viu confirmada a sentença anterior. Transferido do Aljube para Peniche em 19/12/1934. Regressou a Lisboa em 20/03/1935, em 23/03/1935, para a Fortaleza de São João Batista, em Angra do Heroísmo. Transferido, em 23/10/1936, para o Tarrafal. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945, regressou a Lisboa, no vapor “Guiné”, em 01/02/1946, saindo em liberdade.]
[João Esteves]
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