* ANTÓNIO AUGUSTO ZUZARTE CORTESÃO *
[1916 - 1995]
Médico.
Filho de Carolina Ferreira Cortesão [n. 27/05/1888] e de Jaime Zuzarte Cortesão [1884-1960], nasceu em Benfica, Lisboa, em 29 de Janeiro de 1916.
Sócio nº 135 da Delegação do Porto da Associação Feminina Portuguesa para a Paz, com residência na Avenida da Boavista, 219.
As cunhadas e a mulher, Maria Irene Coelho Cortesão Abreu, também integravam a mesma agremiação.
Preso quando estudante em 16 de Fevereiro de 1935, por escrever nas paredes “matéria subversiva”, foi enviado para o Aljube do Porto e libertado em 24 de Abril na sequência de ter sido julgado pelo Tribunal Militar Especial, sendo condenado na multa de 1000$00 e perda dos seus direitos por 5 anos.
Já médico, foi novamente preso no Porto em 21 de Junho de 1958, recolheu às prisões privativas daquela Delegação, sendo libertado em 31 de Julho mediante termo de identidade e residência.
A morada aquando desta última prisão é a mesma que consta quando era sócio auxiliar da AFPP/Porto: Av. da Boavista, 219, Porto
Irmão de Maria Judite Zuzarte Cortesão [31/12/1914 - 25/09/2007], também com militância política na década de 30 e, posteriormente, casada com Agostinho da Silva e mãe de alguns dos seus filhos.
[João Esteves]
2 comentários:
Boa tarde Sr. João Esteves!
Em minha dissertação de mestrado pesquiso a vida de Maria Judith Zuzarte Cortesão e não tinha conhecimento que ela possuia um irmão. Sabia de sua irmã Maria da Saudade Cortesão, mas não que teve um irmão.
São muito escassas a informações sobre António Augusto Zuzarte Cortesão, sendo assim, saberia me informar a fonte de sua informação para que eu pudesse citá-la em meu trabalho?
Obrigada por sua atenção.
Vania Machado.
Vânia Machado
A resposta segue aqui, pois não disponho do respectivo mail. A informação de que António Augusto era irmão de Maria Judite Zuzarte Cortesão recolhia-a do Registo Geral de Presos que se encontra na Torre do Tombo.
O registo de António Augusto Zuzarte Cortesão é o número 381. Também consta lá o da irmã Maria Judite (número 2844), sendo referenciado que foi presa em Lisboa, 31/03/1936, por motivos políticos, deu entrada na 1.ª Esquadra e foi transferida para o Hospital de S. José em 13 de abril, de onde se evadiu em 25 de junho. Foi, que saiba, a primeira mulher a protagonizar uma fuga durante uma detenção pela Polícia Política.
Maria Judite foi novamente presa em 27/06/1940, pela polícia de fronteira de Vilar Formoso, quando entrava em Portugal com o pai.
Foi enviada para a Cadeia das Mónicas e "por não lhe ser permitida a residência em território nacional, embarcou em 20/10/1940 com destino ao Brasil". Foi libertada em 19 de outubro de 1940.
João Esteves
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