* ANTÓNIA AUGUSTO GODINHO FARRACHA *
[20/07/1907 - ?]
[Antónia Augusta Godinho Farracha || 27/09/1949 || ANTT || RGP/16396 || PT-TT-PIDE-E-010-97-19396]
Filha de Joana Pita Ivo Godinho e de António da Conceição Godinho, Antónia Augusta Godinho Farracha nasceu em 20 de Julho de 1907.
Casada com o comerciante livreiro Joaquim Farracha [22/12/1904 - 11/03/1978], desenvolveu, tal como o marido e filhos, continuada actividade política de oposição ao Estado Novo.
Pertenceu à Comissão Central do Movimento Nacional Democrático Feminino, surgido na sequência dos resquícios da campanha eleitoral do General Norton de Matos, sendo, por isso, presa pela primeira vez em Olhão, terra onde residia, em 26 de Setembro de 1949.
Enviada para o Forte de Caxias, foi libertada em 14 de Janeiro de 1950, por ordem do 3.º Juízo Criminal de Lisboa, voltou a ser detida em 18 de Outubro de 1950, desta vez em Portimão, juntamente com o marido e a filha, Maria Cristina Godinho Farracha, estudante, tendo ambas recolhido àquela cadeia e postas em liberdade condicional em 15 de Novembro.
Obteve, tal como a filha, liberdade definitiva em 3 de Novembro de 1952, enquanto o marido continuou a ser várias vezes detido pela PIDE entre 1950 e 1967, passando pelas prisões de Caxias e Aljube. Segundo refere Maria João Raminhos Duarte, no livro Silves e o Algarve: uma história de oposição à ditadura, a livraria de Joaquim Farracha, em Olhão, «era um ponto de referência da oposição, que merecia vigilância cerrada da Polícia política», tendo aquele sido detido seis vezes [1950, 1952, 1953, 1958, 1965 e 1967].
Fontes:
ANTT, Registo Geral de Presos 16396 [Antónia Augusta Godinho Farracha / PT-TT-PIDE-E-010-97-19396].
Maria João Raminhos Duarte, Silves e o Algarve: uma história da oposição à ditadura, Edições Colibri, 2010.
[João Esteves]
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