* PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || LXXXI *
0656. António da Costa [1931]
[Lisboa, 1904 (?), servente do Arsenal da Marinha. Filiação: Elisa Lourenço da Costa e Joaquim Pedro da Costa. Entregue pela PSP em 26/02/1931, por ter dado, na via pública, "vivas subversivos e por possuir manifestos clandestinos". Libertado no mesmo dia.]
00657. António da Cruz Albarraque [1928, 1933]
[Lisboa, c. 1882. Empregado na Câmara Municipal de Lisboa. Filiação: Maria da Conceição Albarraque, João Francisco da Cruz. Casado. Residência: Rua do Sol ao Rato, 88 - Lisboa. Preso em 24/07/1928, «por fazer a apologia do movimento revolucionário de 20 de Julho»; libertado em 06/08/1928 [Processo 3896]. Preso em 31/05/1933, «por estar envolvido em manejos revolucionários», colaborando com António Marques no transporte de material explosivo de Alpiarça para Sacavém [Processo 746]. Transferido de cárcere em 11/10/1933. Libertado em 02/03/1934, por ter sido despronunciado pelo TME.]
[alterado em 23/03/2024]
0658. António da Cruz Cristina [1932, 1933, 1935]
[Lisboa, 26/12/1910, furriel do Regimento de Telegrafistas. Filiação: Maria Rita da Cruz Cristina e Mário da Graça Cristina. Preso em 06/01/1932, por estar implicado no movimento revolucionário em preparação e ser quem desenvolvia maior actividade dentro do Regimento de Telegrafistas. Além disso, mantinha contactos com, entre outros: ex-tenente Andrade (Alberto Maria de Andrade); capitão Câmara; José Batista Machado Júnior (2.º sargento); José dos Santos Coração; José Maria Videira (1.º sargento reformado); Manuel Sanches Dias (empregado bancário); e Pedro Gamaliel Alves (furriel do Regimento de Telegrafistas). Entregue, em 14/01/1932, ao Governo Militar de Lisboa, foi punido com 30 dias de prisão disciplinar agravada. Tendo reclamada, a punição passou para nove dias de prisão, tendo, mais tarde, sido amnistiado. Preso em Novembro de 1933, entregue à PVDE pelo Comandante do Regimento de Telegrafistas, por suspeita de actividades conspirativas, e deportado para Angra do Heroísmo, tendo embarcado em Peniche em 19/11/1933. Nos Açores, foi ouvido em auto em 15/03/1934 (Processo 825-A). Preso em 21 ou 22/06/1935, quando seria empregado no comércio, por estar activamente envolvido na Organização Revolucionária de Sargentos, em estreita colaboração com Francisco Horta Catarino (furriel), Trajano Ambrósio da Silva (sargento-ajudante) e Vilela (sargento-ajudante). Levado para uma esquadra, foi transferido para o Aljube em 24/07/1935. a partir daí, percorreu vários estabelecimentos prisionais: enfermaria do Limoeiro (03/08/1935, 28/10/1935); Aljube (18/09/1935, 09/11/1935, 06/05/1936); recusou-se ir para a enfermaria da Cadeia de Monsanto; e Peniche (29/11/1935).
[João Esteves]
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