[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

sábado, 27 de fevereiro de 2021

[2514.] PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO [LXXX] || 1926 - 1933

 * PRESOS POR MOTIVOS POLÍTICOS: DA DITADURA MILITAR AO INÍCIO DO ESTADO NOVO || LXXX *

0650. António da Costa Lança [1933]

[Beja, 22/09/1879, tenente Chefe da Banda de Música - Infantaria 21. Filiação: Carolina dos Prazeres e Hipólito de Lança Araújo. Vigiado pela Polícia Internacional do Ministério do Interior desde, pelo menos, 03/10/1929, sendo considerado, na Guarda, "o elemento de maior preponderância revolucionária em Infantaria 21". Em relatório de 21/05/1930, era apontado como tendo reunido, na Covilhã, com o oficial da Marinha Jaime de Morais. Informação de 13/11/1930, proveniente da Covilhã, considerava que António da Costa Lança e o tenente Virgílio Rodrigues de Almeida Paiva eram os únicos oficiais do Regimento de Infantaria 21 desafectos à Situação. Em 10/11/1933, encontrava-se detido no Presídio Militar de Santarém.]

0651. António da Costa Lemos Júnior [1927, 1936, 1937]

[António da Costa Lemos Júnior || ANTT || ca-PT-TT-PVDE-Policias-Anteriores-4-NT-8904 || || "Imagem cedida pelo ANTT"]

[Lisboa, 08/03/1900, tipógrafo. Filiação: Elisa da Costa e António da Costa Lemos. Preso, no jornal A Batalha, em 06/02/1927, "sendo libertado pelos revoltosos" (Processo 2954). Preso pela SPS da PVDE em 08/07/1936, "por fazer parte do Sindicato clandestino comunista da classe tipográfica", para onde entrou a convite de Luís António Ferreira e de quem recebia os jornais Avante!, O Proletário e O Gráfico (Processo 2224). Levado para uma esquadra, foi transferido para a 1.ª esquadra em 30/07/1936 e, em 27/08/1936, seguiu para o Aljube. Por motivos de saúde, saiu em liberdade condicional em 07/09/1936. Preso pela SPS em 08/05/1937, à ordem do TME: recolheu à 1.ª esquadra, seguiu para Caxias em 10/06/1937 e voltou à 1.ª esquadra em 23/06/1937, por ir a julgamento nesse dia. Condenado na pena de 2000$00 de multa, como não a pagou, regressou a Caxias em 26/06/1937, só sendo libertado em 13/10/1937.]

[António da Costa Lemos Júnior || ANTT || RGP/3377 || PT-TT-PIDE-E-010-17-3377]

0652. António da Costa Lima [1930, 1931]

[Lisboa, major reformado. Integrou, enquanto capitão de Infantaria, o Corpo Expedicionário Português, tendo embarcado em 08/08/1918 e desembarcado, em Lisboa, em 04/04/1919. Esteve deportado em África, de onde terá regressado em 1930. Como voltou às actividades conspirativas, nomeadamente com o tenente Daniel da Assunção e sargento-cadete Leone, a Polícia Internacional propôs, em 17/07/1930, que lhe fosse fixada residência fora do Continente. Em Agosto de 1930, foi-lhe fixada residência nos Açores. Por ter participado na Revolta das Ilhas, de Abril de 1931, foi deportado para Cabo Verde, onde faleceu em 21/06/1932.]

0653. António da Costa Macedo [1927]

[2.º sargento. Preso por ter participado na Revolta de 03/02/1927. Colocado, posteriormente, no Regimento de Infantaria 20 e, como continuasse a manter contactos suspeitos, passou para o Distrito de Reserva e Recrutamento [D.R.R.] 14, em Viseu. Faleceu em 05/01/1940.]

0654. António da Costa [1927, 1932]

[Fafe, c. 1904, ex-1.º sargento músico 699/1920, do Batalhão de Caçadores 9. Filiação: Maria da Costa. Casado. Residência: R. General Taborda, 24 - Lisboa. Participou na Revolta de 03/02/1927, foi preso e deportado para os Açores e, depois, para Cabo Verde, "onde permaneceu cerca de vinte e oito meses". Julgado pelo TME do Porto em 28/01/1930, foi absolvido e libertado (v. Processo 427). Preso em 20/06/1932, por denúncia de andar fugido à polícia por motivos políticos, foi libertado em 27/06/1932.]
[alterado em 17/12/2021]

00655. António da Costa [1933

[António da Costa || ANTT || RGP/39 || PT-TT-PIDE-E-010-1-39]

[Santa Marta de Penaguião, c. 1884, funcionário público. Filiação: Ermelinda Rosa, José da Costa. Viúvo. Residência: Rua Ivens, 35 - Lisboa. Preso em 18/05/1933, por envolvimento na organização revolucionária sob a direção de Sarmento de Beires e manter ligações com António Marques, "O Marques da Ajuda", António Maria Marmelo da Silva e Narciso Antunes, a quem pediu que tirasse invólucros de granada da Fábrica de Material de Guerra em Braço de Prata (Processo 746). Transferido para o Aljube em 06/10/1933. Julgado pelo TME em 07/05/1934 e condenado a cinco anos de desterro (Processo 71/933, do TME). Por ter interposto recurso, foi novamente julgado em 18/05/1934, sendo confirmada a sentença. Embarcou, em 23/09/1934, para Angra do Heroísmo, com destino à Fortaleza de S. João Batista. Requereu para ser amnistiado em 10/06/1936. Libertado em 23/12/1938, por ter sido indultado.]
[alterado em 21/05/2023]
[alterado em 22/03/2024]

[João Esteves]

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